quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quem será mais louco?

O SENADOR McCain, antigo candidato à presidência dos Estados Unidos, chamou psicopata ao actual líder da Coreia do Norte e disse que já o pai era doido e o avô era maluco.
Não sei se o senador se baseava em algum relatório genético e em regras de hereditariedade para insultar tês gerações de grandes líderes e acabar na ofensa ao Kim Il Sung. Mas que queria ofender um dirigente político de uma nação soberana e, pelo caminho, vilipendiar todo um povo patriótico, não restam dúvidas a ninguém.
Os americanos parecem não ter os cinco alqueires bem medidos. Assim se afigura, ao pensarmos que diante dum jovem dirigente, inexperiente e instável, dependendo das velhas hierarquias, se comportam deste modo e é com este folclore ofensivo que acompanham provocadoras manobras militares. E nestas não incluo os exercícios militares junto à fronteira do Norte, envolvendo milhares de soldados, grandes baterias de artilharia pesada, bombardeiros “stealth” e dezenas de navios de guerra. 
De cada vez que vou a Seoul, e fico no Hilton, a sala de pequenos almoços do hotel parece a messe dos oficiais americanos, todos de camuflado e com ar de quem já está atrasado para chegar à guerra. Não fora a discreta presença dos russos e japoneses, a autoridade dos chineses e o bom senso de Seoul, daquele clima paranóico já tinha saído asneira da grossa a norte do Paralelo 38.
Um presidente americano inteligente, racional e equilibrado entenderia que se está no momento exacto de suspender estes jogos de guerra, inequivocamente. É verdade que ao longo de gerações e após a brutal guerra da Coreia, que todo aquele povo sofreu, a guerra psicológica dos americanos, a qual nunca abrandou, pode bem criar um caso de demência colectiva. Mas a comportarem-se assim, contra uma nação que dispõe de armamento nuclear e mísseis capazes de transportar ogivas, sob a direcção política que se conhece, não sei quem será mais louco. Se PyongYang, se Washington
In Sorumbático, 17 Abril2013
 

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