sexta-feira, 19 de abril de 2013

Eu seja ceguinho!



NUNCA houve nada escrito por mim que fosse tão lido como uma prosa que na net me atribuem e que eu nunca escrevi. É verdade! Não é que me preocupe, pois aumenta-me a popularidade (nem imaginam!) e hoje, com os servidores e motores de busca é não só fácil provar que se não é autor daquilo que querem à força dizer erroneamente que é nosso, como não é difícil chegar-se à verdadeira autoria da vilania.
De resto, os meus textos são facilmente identificáveis: se são verdadeiros, passaram pelo “Sorumbático” e pelo “Mosca Varejeira” e receberam o imprimatur do meu querido amigo Carlos Medina Ribeiro. São falsos, nunca nenhum de nós os viu, ficamos de cara à banda e rimo-nos muito no fim, o que se há-de fazer!? Pois se até inventam comunicados falsos ao ministro da saúde, porque não hão-de inventar crónicas mentirosas para alguns de nós?! Não me digam que esta última também veio da Polónia ou da Hungria…
Entre 2008 e 2012, em Espanha, foram despedidos 10 mil jornalistas e 70 órgãos de comunicação social desapareceram. Só no ano passado, mais 4800 jornalistas foram dar banho ao cão. A Federação dos Jornalistas de Espanha acredita estar ainda a tempo de “proteger os direitos dos jornalistas e dignificar a profissão”. Recusa-se a aceitar que está atrasada.
Entretanto, não é natural que, com tanta gente a perder o emprego, também nos “media” e  produtoras de rádio e TV portuguesas, se intensifique esta estranha produção de textos de geração espontânea , uns que dizem que são meus, outros que juram a pés juntos serem da Clara Ferreira Alves, ou do Nicolau Santos. Mas não são. Nem de uns, nem de outros. Basta conhecer as respectivas prosas para se saber. Eu por mim, juro! Eu seja ceguinho! E muito obrigado pela preferência…
In Sorumbático, 19 Abril, 2013

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